sábado, 29 de janeiro de 2011

Abismo para pular

Advertiu-me a esperança de alguma forma. Se encontrasse o abismo, era para pular. Nem quis o buscar pois minha escolha seria voltar e inventar bobagens. Dizem por aí que é bom esquecer, que esquecer alivia e nos traz de volta a pureza. Mas só esquecem os já puros. Os que não perceberam o erro. Os livres de buscar a infinita busca. Não consegui entender o fio da vida. E nem a solidão adjacente de estar no mundo. Maria me ensinou a amar e amei. Amei até me ferir. Amei com intensidade. Amei forte. Amei e me dei por completo. Maria teve medo de tamanho amor e então fugiu, se afastou. Depois amei Mariana, Mayara, Marta, Mara entre outro Ms. Todos meus amores se assustaram. Fui capaz de amar mas de ser amado talvez. Da minha sacada vejo pessoas passar, umas vão sós e outras tem a mão direita ou esquerda dada a outro ser. Me confortaria se isso ocorresse a mim ou não. Coração apertado, nó na garganta, vontade de gritar. Sucumbir com esperança tardia. Foi assim, me deram de comer e comi. Me deram de beber e bebi. Me deram você e não te comi, nem te bebi, nem te fumei, só te beijei. E se aproveitou de mim. É isso. Soube se aproveitar de mim muito bem. E a vida anda abusando freneticamente de minhas inocências, dando rasteiras. Beijos ardilosos...

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