Com as mãos vazias, os pés cansados e já esquecido de toda glória que um dia almejou ter. Parte de seu mundo subterrâneo para a vida real. Sem ter concluído nem ao menos a mais primária da tarefa, com toda falta de habilidade no auge dos seus vinte e poucos anos. Mas já sonhou em ter mãos calejadas, braços fortes, cabelo no peito e estrelas tatuadas. Não passou de esdrúxulo figurante de sua própria história, num filme de poucos recursos rodado com os personagens reais e cenário real. Pois foi isso que decidira ser figurante de sua própria história. Como se não bastasse era pobre. Não teve tempo de admirar a primavera. Privações era o nome, o apelido e sobrenome de já tão fatigado ser que sobre a terra pisou. Por que suas escolhas lhe permitiam se perguntar e afastar o motivo de querer sair e festejar o que ainda não era. Tinha quatro amigo, talvez só dois, um era arrogante cuja elegância de sua capacidade de fingir superava toda questão vital. Tinha trabalho, e trabalhava como um cão, seu chefe era um viado tímido. Este com dor nas costelas e insatisfeito, quase sempre pensava ser uma senhora, semelhante a sua mãe. Continua...
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